sexta-feira, 30 de outubro de 2009

De Alice e louco, todos temos um pouco.




Fazendo um tour pela biblioteca da UnB essa semana, dei de cara com ele, ali, piscando e gritando pra mim: "Alice no país das maravilhas". Deixei os textos de ICP de lado e, numa sentada só, devorei toda a narrativa. Quando terminei, comecei a pensar o quanto de Alice tem em cada um de nós. Já ouvi algumas teorias psicológicas de que Alice é a única normal da história. Mas que graça teria pensar assim? Apesar de mirabolante e fantasiosa a história, é engraçado perceber algumas coisas bem sutis que se encaixam nas nossas vidas. Quem nunca se viu preso num lugar ou mundo que não lhe cabia? Às vezes um espaço que não condizia com nossas ideias, projetos, planos, pensamentos. E tantas vezes tivemos que comer nosso pedaço de cogumelo para nos encaixar. E quantos dos chapeleiros já apareceram sabesedeusdaonde com suas conversas/charadas para nos fazer quebrar a cabeça tentando decifrá-los. Um simples "bom-dia" mais empolgado fazendo as mais românticas pensarem mil coisas a respeito; ou um "Que bonita você está hoje", suficiente pra nos jogar no nosso vasto mundo de Alice tentando entender o que caberia nessa frase (Também vale para os homens na difícil missão de decifrar os enigmas do mundo feminino). E aquele gato? O que é aquele gato com aquele sorriso que aparece do nada e de repente some? (esse não precisa de traduções para o mundo real, fica subentendido =P). E quantas vezes já não quiseram nossas cabeças cortadas, simplesmente por cortar, assim, sem justificativa? E a nossa defesa que não cabia diante do autoritarismo e egocentrismo exacerbado da nossa Rainha de Copas/mãe/chefe/professor(a). É, todas temos um pouco de Alice e Alice é um pouco de todas nós (talvez eu, particularmente, tenha uma dose maior dela pela minha viagem de estar escrevendo isso). Pois é, li numa sentada e numa sentada fiz as curiosas associações. Não posso deixar de citar a minha indignação pela falta do "desaniversário" no livro. Ora, o que poderia ser mais feliz que poder ter um desaniversário todos os dias do ano (exceto no dia do seu aniversário, claro). Mas em compensação, muitos outros personagens e sequências interessantes que eu espero que estejam no filme do Tim Burton.(Por Mirella Pessoa)

5 comentários:

  1. Eu preciso ler esse livro!
    o gato que some me dava arrepior quando era criança...

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  2. hauahuahau...
    mininaaa...
    viajou legaalll!
    mas, de fato, faz um certo sentido, apesar da minha cabeça saudiana preferir a realidade!
    hauahuahau...;D

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  3. Parece que você gosta de dar uma sentada, porque não dá uma sentada aqui no meu colo?

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