Ponho-me sobre meu computador, entro na internet na esperança de postar o texto feito hoje à tarde por mim, para estreiar minha coluna no ENTRESUTIAS... e, ao entrar na pagina inicial do brturbo deparo-me com uma notícia que me deixou, de tão infeliz, com as mãos atadas.
Nada posso fazer a não ser, em minhas orações, clamar pela misericórdia divina e falar a tantas quantas pessoas puder quão trágico essa notícia se faz.
Pensamentos de usar até mesmo a força física para destruir cada pedaço de gente que se manteve incluso no acontecimento não se afastam de mim, mas não me atrevo, um segundo sequer, a esquecer as interpéries que tal população sofre há séculos...há anos....há dias...hoje...agora, e que fazem sofrer uma África que muito mal conheçemos pela história escolar e não conhecemos como um órgão que pulsa. E que pede socorro.
O século XX marcou com ferro em brasa todo e qualquer um que vivesse no continente africano, modificou a geografia, segregou tribos, refez os limites geográficos discriminadamente à população que já existia lá. As grandes potências, com seus alter-egos, só esqueceram que havia gente viva morando e existindo em um território muito mais antigo que os sentimentos de ganância e pseudo ajuda humanitária.
A áfrica reage da forma que sabe, que pode, ou que se lembra ao recordar a herança genética da violência intrinsecamente nossa. É mais que uma barbárie, é um grito de socorro.
Não defendo homem algum nesta situação. Como mulher, sinto-me impotente e suja, deixo, contudo, a condenação a Deus...aos homens, peço bom senso, caridade.
Não descarto, ainda, as manifestações tão violentas quanto estas que ocorreram aqui mesmo, no Brasil, na ditadura militar; ou no Vietnã ou em Israel, no Iraque...Muito pensamos e como cidadãos do mundo nada podemos fazer.
Sinto-me presa em minhas próprias amarras de palavras.
Que possamos fazer de nossas palavras, verbalizadas ou escritas, um modo de não permanecer inertes.
>>Como a reportagem é muito extensa, preferi não colá-la aqui e coloco à disposição o link do site. http://delas.ig.com.br/mulheres+sao+alvo+de+violencia+na+guine/n1237506822168.html#comentarios
Por favor, leiam, se se sentirem à vontade comentem lá, mas voltem aqui e manifestem suas opinioes!
(por Iasminny Cruz)
sem palavras. a gente fala de mulheres, para mulheres, sobre mulheres... e essas tão longe de conseguir nos escutar.
ResponderExcluirO desrespeito ao sexo feminino é algo universal.
ResponderExcluir=/
É triste e revoltante imaginar que abusos (não tão explicitos como esse) acontece vários cantos do mundo e que muitas pessoas vêm como algo normal ou aceitável. São mulheres influenciadas, sem nenhum direito à dignidade, em mundos que muitas vezes as impedem de terem forças para lutar. Que a mudança que chegou no nosso mundo chegue no delas.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa Minny.